Nos dias de hoje, ninguém tem mais dúvida do quanto o mundo é pobre de amor, de carinho e de respeito pelo outro.  A vida, em especial a vida humana, não vale mais nada. Pessoas matam outras por qualquer coisa...  Os homens, de fato, ultrapassaram a linha da barbaridade e da falta de compaixão. Ora, mas o que tem haver a Benelogia com tudo isso? Que é Benelogia? Uma nova religião?

Não. Ela é uma nova ciência e, ao mesmo tempo, uma nova profissão, concebida para ajudar os homens a viverem melhor. Para os benélogos e técnicos, profissionais que atuarão nessa área, a Benelogia preparará o homem para praticar o Bem em prol dos que necessitam com a finalidade, na realidade, não só de ajudar a quem precisa, todavia a si próprio.

O Bem não é um conceito novo. Os antigos filósofos já falavam sobre ele. Na religião, na política, na arte, na filosofia sempre se falou sobre o Bem, no entanto ninguém teve a ideia de fazer dele, do Bem, uma ciência e uma profissão para tirar o homem do lamaçal em que se encontra. As ciências atuais, embora o aceitem, sempre o viram atrelado à religião, como “coisa” de idealistas e santos.

Cristo, Jesus Cristo, falava muito do Bem, mas parece que poucos até hoje entenderam ou refletiram sobre o seu real valor. Se as pessoas tivessem entendido, algumas religiões não estariam, assim como a ciência, a política e a arte, em crise... A saída, “a carta na manga” é, felizmente, a Benelogia.

Por que praticar o Bem, para ir para o céu, para se sentir uma pessoa melhor que as outras? Para os benélogos, o homem tem que praticar o Bem simplesmente porque só por meio dele poderá, realmente, viver mais e melhor.

Benelogia é a ciência que estuda o efeito das práticas solidárias na qualidade de vida das pessoas. Ela comprova que os seres humanos, que são solidários, vivem mais e têm mais qualidade de vida do que aqueles que não praticam. Sendo assim, fica claro que quem deseja viver mais e melhor não tem apenas que comer bem, fazer exercícios físicos etc, mas ajudar os outros.

Ajudar os outros não é pegar o que tem e, simplesmente, dar... Às vezes, uma palavra de apoio vale mais do que oferecer, por exemplo, dinheiro e comida. Jesus Cristo, Buda, Madre Tereza de Calcutá estavam certos: “O bem é o maior tesouro do ser humano.”

Hoje, de acordo com estudos apresentados por cientistas de todo o mundo, são inúmeras as pessoas que estão sendo curadas de males como depressão e dependência química, por terem se juntado a grupos solidários em defesa dos que necessitam.

Os benélogos dizem que até mesmo ver os outros ajudando terceiros, faz bem à nossa saúde. Após a exibição de um filme, mostrando Madre Teresa de Calcutá cuidando de doentes e moribundos, análises químicas, feitas em estudantes, evidenciaram um aumento de imunoglobulina A, um anticorpo que ajuda a defender o organismo contra infecções respiratórias. Este aumento da imunoglobulina A foi evidente até mesmo entre pessoas que disseram não gostar de Madre Teresa.

Mesmo tendo surgido há pouco mais de dez anos no Brasil, a Benelogia poderá ser muito útil ao povo brasileiro e de todo mundo, se contar com profissionais bem formados e competentes. Na área da Segurança Pública, os benélogos, por exemplo, poderão não somente fazer um trabalho de reeducação dos usuários de álcool, maconha e crack, mas tratá-los por meio da terapia benelógica.

No campo da Saúde, ajudarão não só os dependentes químicos, mas os doentes psicossomáticos e portadores de dores crônicas. Na área da educação, cuidarão das nossas crianças e dos nossos jovens, disseminando neles os conhecimentos benelógicos para que sejam seres humanos melhores no futuro.

A Benelogia é uma ciência que não despreza religião e não é contra a política, a filosofia nem a arte. Ela não é maior nem menor que o conhecimento tradicional, nasceu, sim, para torná-lo mais forte. Será, sem dúvida alguma, o campo mais desejado da saúde. Num futuro próximo, muitos, orgulhosamente, a seguirão. 

Disse uma vez Jürgen Habermas, sociólogo e filósofo alemão, se referido à criação de uma nova ciência: “Em vez de tratar a natureza como objeto passivo de uma possível manipulação técnica, a nova ciência pode se dirigir a ela como a um parceiro numa possível interação. Em vez da natureza explorada, ela pode ir em busca da natureza fraterna.” Ele, extraordinário pensador, provavelmente, se referia à Benelogia.